v. 26 n. 2 (2006)

Editorial

Abre-se a presente edição da revista Vidya com  uma questão lançada por Délcia Enricone: “Quando a educação poderá ser a realização da esperança no futuro?”. A resposta, que não permite uma perspectiva fechada, mas, ao contrário, aponta para a abertura de implicações complexas e variadas sobre o processo educacional, de certo modo emoldura os demais artigos que ora se apresentam.

Com Maria da Glória Bordini, somos

instigados a refletir sobre o papel da universidade na promoção da leitura, considerando-se que o acesso à cultura letrada é condição fundamental para o exercício da cidadania.

Já os processos de formação e autoformação docente é o tema do artigo de Andrisa     Kemel Zanella, Neoclesia Chenet Ghisson, Silvania Regina Pellenz Irgang e Valeska Fortes de Oliveira, afirmando a importância de se ressignificar tais processos a partir das representações que esses profissionais fazem de seu papel como educadores.

Por sua vez, a preocupação com a formação dos alunos constitui-se na abordagem realizada por Ana Rosa Zurlo Dellazzana, Rosemar de Fátima Vestena, Mariglei Severo Maraschin e Silviani Monteiro Sathres, a partir da análise de questões metodológicas relacionadas à Educação de Jovens e Adultos.

Igualmente voltado a questões de ordem metodológica, o texto de Michèlle Domit Gugik investiga as técnicas de entrevista realizadas por docentes e estudantes do curso de Psicologia, afirmando a importância dessa prática para o processo de ensino-aprendizagem.

A relevância da educação ambiental, outro tema de destaque no cenário dos embates contemporâneos sobre as possibilidades de uma vida planetária de qualidade no presente e no futuro, é tratado por Ail Conceição Meireles Ortiz. Ao mapear atividades e discussões relativas a essa temática, vivenciadas nas escolas estaduais de Boca do Monte, a autora aponta a necessidade de uma atuação mais consciente dos atores sociais na práxis ambiental.

Como resultado de um projeto extensionista dirigido à formação continuada dos professores, Janilse Fernandes Nunes Vasconcelos, Marilene Gabriel Dalla Corte, Neridiana Fábia Stivanin e Maribel Susana Kipper apresentam um artigo em que é reafirmada a importância da promoção contínua de espaços para a reflexão e o desenvolvimento da criticidade de professores formadores e de futuros professores em relação aos seus saberes e fazeres pedagógicos.

Perspectivas não só metodológicas como também de cunho teórico relacionadas ao ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa para estrangeiros são apresentadas no artigo de Célia Helena de Pelegrini Della Méa e Nilsa Teresinha Reichert Barin. As autoras apontam as possibilidades de qualificar, de modo contínuo, a comunicação interpessoal e a troca de experiências interculturais realizadas com alunos oriundos de diferentes continentes.

No fechamento deste número, encontra-se o artigo de Darlene Scholze, Vantoir Roberto Brancher e Cláudia Terra do Nascimento que apresenta os resultados da pesquisa sobre a importância do lúdico como aspecto a ser considerado no processo de ensino-aprendizagem.

Com tal diversidade de perspectivias, estima-se contribuir para que a pergunta de abertura desta edição da Revista Vidya seja mesmo uma afirmação do futuro no presente – aqui e agora, a educação se pensa, se faz e se lança, esperançosamente, para (re)criar a vida.

Inara de Oliveira Rodrigeus

Editora

Publicado: 22.04.2015

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