QUEM FAZ GEMER A TERRA: NAS TRILHAS DO ROMANCE DE 30

Abstract

As obras de Charles Kiefer situam-se num espaço geográfico pro-vinciano e delimitado essencialmente pelo meio rural. No romance Quem faz gemer a terra (1991), Kiefer denuncia a política autoritária em relação aos graves problemas agrários, tais como a mecanização dos latifúndios, a descaracterização dos processos agrícolas de subsistência e os evidentes prejuízos causados aos pequenos agricultores. Nesse sentido, a narrativa inscreve-se nas trilhas do romance de 30. Aliás, semelhanças estéticas com a obra São Bernardo, de Graciliano Ramos, podem ser percebidas. Contudo, outras preocupações temáticas referentes aos problemas do homem contemporâneo conferem teor universal à obra. É o que se observa na análise do espaço simbólico do texto.