O PAPEL DA UNIVERSIDADE NA PROMOÇÃO DA LEITURA

Abstract

A questão da leitura se problematiza desde o início da idade escolar, pois as crianças têm direito ao universo letrado, sob pena de sofrerem formas nem sempre visíveis de exclusão pela vida afora. Todavia, o que predomina nas famílias não é a reivindicação do direito de ler, bastando aos pais entregarem à escola a tarefa de formar o leitor para se eximirem da responsabilidade social que o não-letramento acarreta. Levando-se em conta a atração que outros sistemas de signos exercem sobre os jovens – os encontrados em suportes eletrônicos como a televisão, o Ipod, o MP3, os DVDs, o computador, etc.– e ainda as formas de diversão que os esportes, os games, as lan houses oferecem, as habilidades de leitura de textos verbais parecem irrelevantes, ainda mais que a iniciação ao letramento e a seu desenvolvimento não é facilmente vencida. Entretanto, ler textos verbais é imprescindível na vida moderna, em que o conhecimento é a nova moeda e tudo é perpassado pela palavra. Ao lado da necessidade de acesso à cultura legada e à que está em construção, ler pouco ou não saber ler, numa sociedade letrada, inferioriza o cidadão. Cumpre, então, perguntar por que os índices de leitura eficaz são desprezíveis no país. Apontam-se, neste texto, alguns fatores implicados nessa questão, privilegiando-se o enfoque sobre o papel da universidade como promotora de leitura.