MATERIAIS MANIPULATIVOS EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: CATEGORIZAÇÃO, USOS E EQUÍVOCOS
DOI:
https://doi.org/10.37781/vidya.v45i1.5285Palavras-chave:
Relações matemáticas; Matemática escolar; Jogos; Sistema de Numeração; Ensino e AprendizagemResumo
O objetivo deste texto é apresentar uma compreensão acerca de materiais manipulativos na Educação Matemática, bem como discutir seus usos, cuidados e equívocos nas práticas pedagógicas. Esses materiais, que no campo educacional englobam quaisquer objetos físicos, pictóricos ou virtuais utilizados como recursos para o ensino de determinado conhecimento, foram agrupados em três categorias: materiais didaticamente construídos, que incluem todo tipo de material criado artificialmente por educadores para simular objetos e relações matemáticas que estimulem a construção de ideias matemáticas; instrumentos culturais herdados da tradição, que acompanharam e auxiliaram o desenvolvimento teórico da matemática; e objetos retirados da vida cotidiana, que atestam, de certa forma, algum fragmento do conhecimento matemático. São apresentadas distinções entre materiais utilizados no ensino de números e operações, em se tratando da forma como assumem valores e a sua estruturação, além de uma aproximação ou distanciamento entre jogos e materiais manipulativos. Os prós e contras acerca da utilização de materiais manipulativos na educação matemática também são discutidos, com ênfase a possíveis equívocos quanto à produção ou utilização desses materiais. Por fim, concluiu-se que a eficiência e eficácia do uso de manipulativos parecem estar relacionadas a três variáveis: a escolha do material, a clara e participativa instrução do professor e a participação no uso do material pelos estudantes, por meio de um processo matemático, em que o professor e os seus alunos fazem e atribuem sentidos aos objetos manipulativos.