SONETO DE BANALIDADE DO MAL: DA FIDELIZAÇÃO EMOTIVA À CEGUEIRA CONTRA O PENSAR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37782/thaumazein.v15i29.4342

Resumo

Vinícius de Moraes, no Soneto de Fidelidade, elabora a fidedigna atuação do eu-lírico sobre a dedicação ao amor. A propulsão da fidelidade está na forma de anular-se para o outro, distanciando-se do raciocínio ao pensá-lo, pois pensar no que ama deslumbra o encanto para além da visão. Argumenta-se sobre as angústias, os relacionamentos e o amor que influenciavam nas tomadas de decisões e na aceitação dos fatos e das desilusões. Inserido na ótica histórica da Segunda Grande Guerra, sob a condição de reler sobre o uso do amor enquanto cura (ou loucura), identifica-se a vivência do poema com a fidelização eufórica, passional, irracional até o ponto de tornar-se
banal. Recorre-se, então, à Banalidade, categoria sublinhada por Arendt como a ocorrência que interfere no raciocínio, na capacidade de pensar e na relação humana, por intermédio da ausência de reflexão e adesão irrestrita ao cumprimento da lei, mesmo em acordo com o usufruto do mal. Neste ensaio, encontra-se a aproximação da lírica ao contexto da guerra, o adorno do sentimento ao extremo do amor à pátria, a expressão de Eichmann, de cujo relato se extrai o magnetismo de governança do III Reich que conduziu a massificação de seus súditos a um ideário manipulador no conceito de fidelidade.

Biografia do Autor

Larissa Daiane Pujol Corsino dos Santos, Universidade Franciscana - UFN

Mestre em Ensino de Humanidades e Linguagens.

Marcos Alexandre Alves, Universidade Franciscana - UFN

Doutor em Filosofia da Educação. Professor do Curso de Filosofia, do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciência e Matemática, e do Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens - Universidade Franciscana (UFN).

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Publicado

2022-11-28

Como Citar

dos Santos, L. D. P. C., & Alves, M. A. (2022). SONETO DE BANALIDADE DO MAL: DA FIDELIZAÇÃO EMOTIVA À CEGUEIRA CONTRA O PENSAR. Thaumazein: Revista Online De Filosofia, 15(29), 81–98. https://doi.org/10.37782/thaumazein.v15i29.4342

Edição

Seção

Artigos