QUE LUGAR É ESTE, O DA PERGUNTA PARA A FILOSOFIA? UMA LINHA DE RESPOSTA FENOMENOLÓGICO-HERMENÊUTICA
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v13i25.3576Resumo
O objetivo central deste trabalho é explorar criticamente o tema proposto para o Encontro Regional da Residência Pedagógica em Filosofia, realizado na UFSM, a saber, “que lugar é este, o da filosofia?”. Mais especificamente, esta exploração crítica toma como impulso inicial uma inflexão na formulação deste questionamento que desloca a pergunta (e o perguntar) para a posição de destaque e como o lugar da filosofia. Desde um ponto de vista histórico, a perspectiva aqui adotada aproxima-se da famosa perspectiva de Kant segundo a qual não se ensina filosofia, mas sim a filosofar. Esta aproximação permite qualificar o mote de Kant ao incluir em seu interior a pergunta enquanto tal, o que pode ser apresentado em termos condicionais do seguinte modo: se não se ensina filosofia, mas filosofar, e se a pergunta enquanto tal é central para filosofar, então a pergunta é central para ensinar a filosofar. Adicionalmente, esta qualificação é metodologicamente relevante, pois permite trazer à tona um conjunto de reflexões sobre o papel que o texto possui em sala de aula, de que modo pode ser utilizado, visando quais fins e etc. Nossa hipótese interpretativa, inspirada na fenomenologia-hermenêutica de Heidegger de Ser e Tempo, e, sobretudo, na hermenêutica filosófica de Gadamer de Verdade e Método, é a de que os verbos “refletir”, “pensar”, “filosofar” e “perguntar” estão intima e organicamente articulados, e que conceder papel de destaque para o ato de perguntar e para a pergunta enquanto tal abre importantes linhas de reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem em filosofia.Downloads
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