O QUE É SER PROFESSORA DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA?
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v13i25.3580Abstract
O objetivo deste trabalho é relatar a experiência vivida como estudante de licenciatura em Filosofia do Programa de Residência Pedagógica da UFRGS durante o ano de 2019 no Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot em Porto Alegre, RS. O relato em questão é voltado para principalmente uma pergunta que tem marcado profundamente minha experiência: o que é ser professora de filosofia no ensino médio da escola pública brasileira? Desde o início do ano letivo na turma 106 do Colégio Massot, houve forte predisposição dos alunos com a disciplina e com o modo como as aulas e discussões eram conduzidas, bem como a percepção de que muitas vezes o espaço da nossa aula era um espaço motivador, desafiador e até esperado. Porém, por diversas vezes, foi notado que essa predisposição não era suficiente para a obtenção de resultados mais objetivos e profundos em relação ao aprendizado. Esses resultados começaram a ser alcançados a partir do momento em que eu consegui aplicar em sala de aula a noção de diálogo, uma noção pouco tradicional, pois é vista como elemento fundamental para a possibilidade do aprendizado - uma vez que é apenas através dessa que se alcança o elemento mais importante do aprendizado, aquilo que chamo de resíduo. Entender como todos esses processos e práticas didáticas se deram, apontando seus resultados e podendo explicar de que maneira tal experiência caracteriza, ou pode caracterizar, a experiência de ser professora de filosofia de adolescentes no Brasil atual é o que pretendo contar.