A HERANÇA FENOMENOLÓGICA NO ÂMBITO DA FACULDADE DO PENSAR NO CONTEXTO DA FILOSOFIA DE HANNAH ARENDT
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v17i34.5162Palavras-chave:
pluralidade; espectador; aparênciasResumo
Nesse artigo, serão analisadas as abordagens de Hannah Arendt relativas ao entendimento assumido por ela acerca da questão do mundo das aparências. Tema esse de sua filosofia política que se associa à ação do homem no mundo juntamente com a questão do dois-em-um do pensamento e da distinção entre trabalho e obra na vita activa, a fim de explicitar as posições e as possibilidades do homem no mundo. Arendt coloca que a natureza fenomênica do mundo e, por definição, a sua pluralidade intrínseca, torna impossível um discurso “eterno e imutável” como medida para os assuntos humanos e o caráter pluralista das coisas. Com isso, o artigo busca demostrar como Arendt nos convida a perceber que, o aparecer ocorre na medida em que o indivíduo singular percebe o mundo. Pois os indivíduos perceberem e serem percebidos ao mesmo tempo, existindo assim, infinitas diversidades de aparências. Pois, essa estrutura de Ser se justifica, para ela, pelo modo de ser do mundo. Estrutura essa que se localiza de forma que os seres vivos, os homens e os animais não estão apenas lançados no mundo, mas são responsáveis por ele, e essa estrutura de mundo, se justifica, através da pluralidade.