Fronteiras fluídas? Um ensaio sobre o acesso público e privado na educação
DOI:
https://doi.org/10.37778/dscsa.v19i1.4642Palabras clave:
Acesso público e privado, Educação, Estado, GovernamentalidadeResumen
A promessa da reforma educacional, organizada em parâmetros de isonomia e equidade no acesso à escola, enleva o debate acerca da construção do ensino ao nível de novas perspectivas curriculares e, inclusive, financeiras de como ver e fazer Educação. Em vista dessa diretriz, cuja contumaz presença do Estado se fixa como mediador das fronteiras econômicas, o presente ensaio procura sublinhar o problema da fluidez das fronteiras entre os acessos público e privado ao direito à Educação. A partir da questão norteadora como perceber a delimitação no acesso à Educação perante a massificação para o consumo?, este estudo elenca especificamente os objetivos de destacar a posição governamental na controvérsia do significado de Estado, de alertar sobre o foco na população como uma produtora de consumo e de prever uma sociedade indisciplinada, ao transitar o caminho incerto da cultura. No requisito qualidade, a diluição entre as fronteiras convém do retorno à sociedade, prevista pelas famílias dos educandos, atribuída pela governamentalidade, que confere a legitimidade do Estado de acordo com a manutenção social. O diagnóstico deste estudo, amparado pelo método empírico e de análise qualitativa, revela a fragilidade deste encontro, quando impulsionado pelo consumo e na massificação do currículo como uma competitividade de saberes.