O desafio da intersetorialidade: reflexões sobre as práticas no CRAS e no CAPSi
Abstract
O presente trabalho busca conhecer a percepção dos trabalhadores dos serviços Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) sobre a prática da intersetorialidade, bem como, a visão dos usuários e familiares do CAPSi a respeito do apoio que é desenvolvido no atendimento psicológico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho exploratório, desenvolvida em um CRAS e um CAPSi, em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul. A coleta dos dados foi realizada mediante a realização de rodas de conversa, que são modos de produção de dados a partir de encontro entre sujeitos. As rodas foram realizadas com usuários do CAPSi e com os trabalhadores do CRAS, sendo realizada uma roda por cada grupo de participantes. Após a coleta os dados foram analisados pela análise de conteúdo de Bardin. Como resultados, percebeu-se que, a noção de intersetorialidade foi reconhecida pelos profissionais, embora a sua eficácia seja marcada por certos impasses, como a dificuldade de comunicação entre os trabalhadores e a corresponsabilização dos casos. A dimensão do cuidado foi outro aspecto mencionado, tanto pelos trabalhadores quanto pelos usuários de um dos serviços, como um fator relevante nas práticas de atenção nos diferentes dispositivos de atenção, o que favorece o cuidado integral. Também foi reconhecido que a saída do profissional de um serviço implicaria diretamente na perda do vínculo que se constituiu na relação trabalhador e usuário, afetando o desenvolvimento da terapêutica.Downloads
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