Método dos pontos de contagem para a espacialização dos dados de coronavírus
Resumo
Os mapas são compreendidos como instrumentos de comunicação e linguagem. Quando elaborados, devem transmitir a informação de forma clara e objetiva, possibilitando aos sujeitos uma análise crítica sobre o fenômeno espacializado. Nesse contexto, a presente proposta teve o intuito de discutir como a aplicação de determinada metodologia da semiologia gráfica, pode, com base em critérios definidos pelo pesquisador, conduzir a diferentes interpretações. Na mesma perspectiva, buscou-se evidenciar as contribuições da cartografia temática e da semiologia gráfica, por meio da aplicação do Método dos Pontos de Contagem, para a espacialização de dados de coronavírus, na macrorregião de saúde do Oeste de Santa Catarina. Os mapas foram elaborados no software Qgis 3.10, com base nas orientações de Bertin (1967) e Martinelli (2014). A partir dos critérios estabelecidos para produção dos mapas de espacialização do coronavírus na macrorregião delimitada, percebeu-se que a definição da escala, o agrupamento de dados para compor a legenda - que indicam os padrões de distribuição do fenômeno-, podem acentuar as generalizações das informações, comprometendo a leitura e a interpretação da realidade mapeada. Acredita-se que essa discussão reforce o foco da atenção entre os pesquisadores, elaboradores de mapas, para o compromisso com a coerência na escolha dos critérios para a elaboração de mapas temáticos e no empenho em disponibilizar os produtos cartográficos ao público destinado, de forma clara, objetiva e eficaz.