A PHRÓNESIS NA COMPREENSÃO DO SI MESMO COMO OUTRO NA ÉTICA RICOEURIANA
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v18i36.5250Palavras-chave:
Sabedoria prática; Si; Outro; Ética; Paul Ricoeur; HermenêuticaResumo
O objetivo desta pesquisa consiste em analisar a importância da phrónesis na constituição do sujeito ético a partir da dialética entre o si (ipseidade) e o outro (alteridade) na busca da vida boa presente na obra O si-mesmo como outro de Paul Ricoeur. O si, pronome reflexivo em terceira pessoa, se distancia do cogito cartesiano e o conduz para a hermenêutica do sujeito capaz - de narrar, de falar, de agir e de imputar. Para a compreensão do si mesmo como outro, a ética ricoeuriana surge pela complementariedade de duas tradições filosóficas: a ética da herança aristotélica e a moral da herança kantiana. Nesse sentido, a relevância da phrónesis emerge da necessidade do si reflexivo deliberar bem afim de visar a vida boa e evitar o trágico da ação. Assim, a pequena ética de Paul Ricoeur é definida como a vida boa para e com outrem nas instituições justas, subdivida entre três componentes: a estima de si no âmbito da ipseidade, a solicitude no âmbito da alteridade e, por fim, a igualdade nas instituições justas. Em vista da vida boa entre o si e o outro nas instituições justas, a phrónesis como sabedoria prática é reabilitada pelo autor francês como julgamento moral em situação perante os dilemas que geram conflitos entre a universalidade e a particularidade. Com isso, a pesquisa se desdobra em interpretar como a phrónesis perpassa o si, o outro e as instituições justas conduzindo para um sujeito ético na tomada de decisões para a vida boa em comunidade.
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