LEVINAS: A PROXIMIDADE DO ROSTO E FUTURO DO MEIO AMBIENTE
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v18i35.5140Palavras-chave:
Levinas; Ética; Meio ambiente; Alteridade; RostoResumo
No presente artigo, tentou-se desvelar alguns princípios éticos de Emmanuel Levinas e como esses podem ser conectados à ética do meio ambiente. Abordando o conceito de infinito e sua relação com o princípio de responsabilidade; tratou-se posteriormente e especificamente da expansão do rosto e de sua restrição do conatus essendi na ética ambiental. O caráter infinito da responsabilidade, entendida como resposta a um apelo, envolve implicitamente o outro que tudo transcende, espaço e tempo. O reconhecimento de que o ser humano está interligado ao meio ambiente é crucial para a vida na sua totalidade e é fundamental para se ter consciência das consequências de nossas ações hoje. A responsabilidade pelo outro compreendida ao mesmo tempo que a alteridade se impõe e se radicaliza. Assim como o rosto do outro, hic et nunc, faz-se um chamado ético contra os egocentrismos, a natureza deve ser concebida pela alteridade próxima e estabelecer um chamado ético à responsabilidade para com outrem, cujo rosto ainda não nos é revelado e que deveria se apresentar nos comandando uma resposta, integrando o infinito em sua ética