DA CONSCIÊNCIA COMO A DIMENSÃO DE SER TRANSFENOMENAL EM JEAN-PAUL SARTRE: DA CONSCIÊNCIA ENQUANTO ABSOLUTO ENTRE O NADA, A ANGÚSTIA E A LIBERDADE
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v17i34.4892Palavras-chave:
Consciência, Nada, Angústia, Liberdade, Jean-Paul SartreResumo
Tendo em vista que a lei de ser em relação ao sujeito cognoscente consiste em ser-consciente, a consciência, segundo Jean-Paul Sartre, sobrepõe-se ao status de modo particular de conhecimento enquanto sentido interno ou conhecimento como conhecimento de si, constituindo a dimensão de ser transfenomenal. Dessa forma, baseado no princípio fenomenológico-ontológico-existencial, o Prof. Luiz Carlos Mariano Da Rosa se detém na relação entre o fenômeno de ser e o ser do fenômeno e na irredutibilidade do ser do fenômeno ao fenômeno do ser, assinalando o processo que sobrepõe o ser do fenômeno à condição fenomênica e converge para a consciência enquanto ser cognoscente enquanto é em um movimento que escapa ao enquanto é conhecido, transpondo as fronteiras da preeminência do conhecimento. Se a consciência emerge como consciência de alguma coisa em um processo cujo ser implica um ser que encerra a si como não consciente e transfenomenal, o que se impõe, segundo Sartre, não é senão a consciência como um ser que encerra a questão do seu ser enquanto ser que implica outro ser que não si mesmo. Assim, detendo-se no acontecimento da aparição do existente humano em relação ao ser enquanto descoberta de um mundo e a negação como momento essencial e primordial, o artigo assinala o motivo pelo qual o existente humano em seu ser implica a possibilidade de aparição do nada em um processo que encerra a liberdade como condição para a nadificação do nada.