Prevalência de casos de violência na população LGBT+ no contexto intrafamiliar em tempos de pandemia da COVID-19
Resumo
Socioculturalmente, a sexualidade é perpetuada com base no padrão heteronormativo, invisibilizando outras orientações sexuais e identidades de gênero. Afligindo a comunidade LGBT+, o preconceito e a estigmatização se mostram presentes, sendo o seio familiar o principal ambiente, repercutindo até em violências. Dito isto, questiona-se como a saúde mental desses jovens encontra-se no momento de pandemia da COVID-19? Sendo assim, o vigente estudo objetiva verificar a prevalência de casos de violência à população LGBT+ no contexto intrafamiliar em tempos de pandemia da COVID-19. Para esse fim, visou-se: contemplar aspectos históricos da violência contra a população LGBT+ e a patologização da homoafetividade; examinar a violência no contexto intrafamiliar contra a população LGBT+, considerando a pandemia por COVID-19 como agravante; e salientar como se dá a atuação da Psicologia em relação à saúde da população LGBT+. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de uma revisão integrativa sistemática, em que os conteúdos obtidos foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin (2011). Como resultado, constatou-se que os fatores estressores aos quais a comunidade LGBT+ é exposta se originam em profundas e multifacetadas raízes, que contribuem, até os dias atuais, em efeitos nocivos à saúde dos sujeitos a ela pertencentes. Observa-se, ademais, a urgência em discutir acerca da violência intrafamiliar contra a população LGBT+ e sobre o papel da Psicologia diante dessa problemática.
