Prevalência e fatores associados à disfagia em idosos: uma revisão
Resumen
Introdução: a disfagia é qualquer dificuldade na deglutição, resultante da interferência na precisão e na sincronia dos movimentos de músculos e estruturas associados à deglutição, que resultam em inabilidade, seja por debilidade no controle pelo sistema nervoso central ou disfunção mecânica. Objetivos: avaliar a prevalência e os fatores associados à disfagia em idosos. Metodologia: trata-se de uma pesquisa teórica e exploratória com a técnica de revisão da literatura. Critério de inclusão: artigos publicados entre 2012 e 2019 com indivíduos com idade superior a 60 anos, nos quais havia presença de disfagia. Critério de exclusão: artigos publicados antes do ano de 2012, amostras com idade inferior a 60 anos e artigos que não perfaziam a etiologia e os fatores correlacionados à disfagia em idosos. Resultados e discussão: identificaram-se 9 estudos realizados com idosos, somando um total de 4.305 participantes. Observou-se uma alta prevalência de disfagia em idosos, relacionada diretamente à idade. Sobre os fatores associados, compreendeu-se que a disfagia pode estar presente na maioria dos idosos diagnosticados com doença de Parkinson, acidente vascular cerebral, demência e esclerose múltipla. A maior parte dos idosos institucionalizados relatou alguma dificuldade alimentar que necessitava de modificações na dieta. Conclusão: faz-se necessária uma intervenção multidisciplinar, para evitar que o quadro se agrave e acarrete outras doenças como consequência. Devido à disfagia estar diretamente relacionada com o estado nutricional, o acompanhamento com o nutricionista também se faz necessário, a fim de adequar o plano alimentar e melhorar a qualidade de vida e bem-estar do idoso.