Perfil epidemiológico e medicamentoso das internações por pneumonia bacteriana pediátrica: uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.37777/dscs.v25n1-021Keywords:
Epidemiologia, Tratamento Medicamentoso, Pneumonia Bacteriana, CriançasAbstract
Introdução: Dentre as infecções que acometem o trato respiratório inferior, destaca-se a pneumonia. Fatores como baixo peso ao nascer, convívio em creches, vacinação incompleta, episódios anteriores de pneumonia e questões ambientais e socioeconômicas fomentam uma maior suscetibilidade a tal doença e, consequentemente, um aumento da morbidade e mortalidade infantil. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico e medicamentoso das internações por pneumonia bacteriana em crianças, com a finalidade de facilitar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, de caráter qualitativo e descritivo, utilizando artigos publicados entre 2021 e 2023 que contêm informações acerca dos perfis epidemiológico e medicamentoso das internações por pneumonia bacteriana pediátrica, pesquisados nas seguintes bases de dados: BVS, Embase e PubMed. Foram aplicados os seguintes descritores na busca das pesquisas: Epidemiologia Clínica, Drug Therapy, Quimioterapia, Bacterial Pneumonia, Pneumonia Bacteriana, Pediatrics, Hospitalização e Hospitalization. Resultados: Foram incluídos nesta revisão 15 estudos. Em relação ao perfil epidemiológico, houve predominância do sexo masculino e média de idade de 4,2 anos, com cardiopatias e asma como comorbidades pré-existentes mais prevalentes. Quanto ao perfil medicamentoso, prevaleceu o tratamento com macrolídeos, principalmente azitromicina, para pneumonias causadas por Mycoplasma pneumoniae e com aminopenicilinas (amoxicilina e ampicilina) e cefalosporinas para pneumonias causadas por outras bactérias. Conclusão: A pneumonia é uma doença de difícil diagnóstico etiológico que frequentemente demanda tratamento empírico com base nos possíveis agentes causadores. Assim, o conhecimento de fatores como sexo, idade, estado imunológico, patógenos mais comuns para a faixa etária, origem da infecção e comorbidades pré-existentes é imprescindível.