Sentimento de pertencimento a um lugar: filme “Divertida Mente” e a proposta de círculo dialógico
DOI:
https://doi.org/10.37780/ch.v25i1.4791Palavras-chave:
ser humano, natureza, educação ambientalResumo
Este artigo apresenta uma pesquisa que buscou compreender o pertencimento de crianças ao seu lugar, considerando a relação entre ser-humano e natureza em uma perspectiva ambiental. A partir disso, foram realizados círculos dialógicos com estudantes de quinto ano de uma escola municipal de Ensino Fundamental de Santa Maria, RS, com uma abordagem qualitativa fundamentada como pesquisa de auto(trans)formação, apresentando um enfoque hermenêutico. Para o processo dialógico, desenvolveram-se os Círculos Dialógicos Investigativo-Formativos (FREITAS, 2015), dos quais dois foram escolhidos para análise e interpretação que foram fomentados pelo filme “Divertida Mente”. Os encontros com os(as) coautores(as) possibilitaram os movimentos dos círculos dialógicos, em que foram discutidas temáticas sugeridas pelo grupo. Para a compreensão dos fatos e diálogos, baseou-se nos aportes teóricos de Paulo Freire (2021), Gadamer (1997), Henz e Toniolo (2015), Tuan (1983), entre outros. Os resultados mostraram que o sentimento de pertencimento a um grupo ou lugar se dá por meio das experiências vividas e compartilhadas, pela percepção do desejo agradável de “bem-estar e ficar” e pelos valores e significados atribuídos pelos sujeitos ao ambiente. As atividades de campo apresentaram potencial estratégico no estudo do fenômeno pesquisado. Os(as) coautores(as), no uso das suas percepções, foram conduzidos à reflexão e criticidade sobre realidade encontrada, demonstrando a valoração e as atitudes imprescindíveis na construção do sentimento de pertencimento a um lugar ou grupo.