Transposição didática na Educação Superior em situação de pandemia: os efeitos do Ensino a Distância na reorganização das práticas docentes
DOI:
https://doi.org/10.37780/ch.v24i2.4386Palavras-chave:
Práticas Docentes, Formação Profissional, Proposta Didático-PedagógicaResumo
O artigo analisa os efeitos das práticas docentes, decorrentes da pandemia Covid-19, realizadas no ano letivo de 2020, junto a estudantes da graduação e pós-graduação de uma universidade do Rio Grande do Sul, Brasil. O estudo é de abordagem qualitativa e documental, e toma-se a situação da pandemia do Covid-19, como uma “questão viva”, por ter exigido a (re)contextualização das práticas docentes. À luz das contribuições de Clément (2006) analisa-se a transposição didática externa (programas de ensino e recursos didáticos) e interna (práticas pedagógicas dos docentes que se efetivaram nas salas de aula), procurando evidenciar, nas experiências ocorridas, o modelo K (conhecimento), V (valores) e P (práticas sociais), tanto na transposição didática interna quanto externa. Como material de análise tem-se documentos oficiais, registros de atividades produzidos por estudantes e avaliações da IES. Portanto, o ensino remoto durante o período em estudo demandou a sintonia do sistema KVP em que o conhecimento (K), valores (V) diante do contexto social (P) se expressou especialmente, por meio de novo desenho didático pedagógico, aliando interesses pessoais, acadêmicos e socioculturais (transposição didática externa). Outrossim, os efeitos das práticas docentes em tempos de pandemia Covid-19 contribuíram com a transformação na formação docente e, por conseguinte, nos contextos escolares (transposição didática interna). Logo, os cursos de formação de professores necessitam incluir, em seus currículos, propostas didático-pedagógicas para o imprevisto (fazer e se fazer) e com respostas ágeis de performances de ensino e aprendizagem.