A precarização do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores por aplicativo
DOI:
https://doi.org/10.37780/ch.v23i1.4065Resumo
Este estudo aborda a influência das relações trabalhistas precarizadas na saúde mental do trabalhador vinculado às plataformas digitais de serviços, ou seja, que realizam suas atividades de trabalho utilizando aplicativos. Com objetivo de verificar se há relação entre a precarização do trabalho e a propensão ao adoecimento mental desses trabalhadores, buscou-se também identificar os fatores estressores presentes nos novos modelos de relação trabalhista; analisar os impactos do modelo de trabalho por aplicativos na saúde mental do trabalhador; e compreender como a psicologia pode contribuir com a saúde desses trabalhadores. Foi realizada uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, por meio de um questionário online, obtendo-se o total de 16 respostas. Os dados foram analisados através do método da análise de conteúdo e os resultados apontaram como principais fatores estressores a baixa remuneração, as longas jornadas de trabalho, o medo de acidentes, assaltos e golpes, maior exposição ao novo Coronavírus e a falta de tempo para passar com a família ou para lazer. Compreendeu-se que este cenário é propício ao adoecimento físico e mental, ficando evidente a relação entre a precarização do trabalho e a predisposição ao adoecimento mental. Ainda, entendeu-se que práticas mais tradicionais da psicologia têm limites quanto à efetividade de intervenções com este público, uma vez que não basta tratar o sofrimento do sujeito para reabilitá-lo a voltar para as condições que o adoeceram. No entanto, através da Psicologia Social, Psicologia Comunitária, e Psicologia do Trabalho, é possível fomentar intervenções que fortaleçam esses trabalhadores, buscando transformar essa realidade.
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