“Fiz para ser honrada, como minha mãe”: Honra, gênero e etnia em Santa Maria/RS (1930)

Autores

  • Deise de Siqueira Pötter
  • Nikelen Acosta Witter

Resumo

Diante de uma sociedade organizada, no modelo patriarcal, no qual as mulheres deveriam realizar-se em serem boas filhas, esposas dedicadas e mães zelosas, o presente estudo investiga um comportamento feminino que fugiu do padrão de mulher indefesa, obediente e incapaz de tomar decisões sozinha. Para desenvolver a pesquisa de cunho qualitativo optou-se pelo cruzamento de fontes bibliográficas junto a uma fonte documental: o processo-crime ocorrido em 1939, em Santa Maria/RS, e que investigou o assassinato cometido por Eva Natel de Vasconcellos, de seu próprio noivo. Assim, busca-se ainda compreender como a honra feminina era entendida pela sociedade da época, pelos sujeitos do processo e sua relação com a posição social. Eva, uma jovem de 19 anos, foi condenada ao cometer um crime para evitar “outro” - a desonra. No entanto, seria essa a atitude aceitável a ser tomada por uma “boa mulher”?

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Como Citar

Pötter, D. de S., & Witter, N. A. (2016). “Fiz para ser honrada, como minha mãe”: Honra, gênero e etnia em Santa Maria/RS (1930). Disciplinarum Scientia | Ciências Humanas, 16(2), 231–240. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1869

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Artigos