“A gente dança, a gente faz sexo, a gente conversa, a gente dá conselho”: um estudo sobre envelhecimento em prostitutas de meia-idade
Resumo
Na presente pesquisa, apresenta-se, a partir de entrevistas de duas prostitutas de Santa Maria/RS, como essas percebem o envelhecimento na meia-idade, analisando o lugar que seu corpo ocupa em sua relação com os clientes e como elas compreendem seu envelhecimento. Para isso, utilizaram-se entrevistas semiestruturadas, abordando questões sobre corpo, trabalho e envelhecimento. O processo de envelhecer implica-se a uma lógica da vida, ressaltando que, por mais perceptíveis que sejam as marcas físicas, elas conseguem associar aspectos positivos. Os estímulos no ambiente de trabalho estão interligados à ideia de cansaço e fadiga em suas rotinas durante e após o período em que realizam os programas. No processo de envelhecimento, conseguem agregar a experiência neste trabalho como um “bônus” para lidar com os clientes. Assim, é possível expandir o foco sobre o corpo em envelhecimento da prostituta, que sofre ao longo dos anos nesse trabalho, mas cria novos significados para suas funções na arte de “vender fantasias sexuais”.Downloads
Como Citar
Brandolt, C. R., & Serpa, M. G. (2016). “A gente dança, a gente faz sexo, a gente conversa, a gente dá conselho”: um estudo sobre envelhecimento em prostitutas de meia-idade. Disciplinarum Scientia | Ciências Humanas, 16(1), 109–122. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1843
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Artigos