A adaptação da culinária dos imigrantes alemães (Rio Grande do Sul: 1850-1930)
Resumo
Entre fins do século XIX e princípios do século XX, os fluxos migratórios germânicos atingiram proporções significativas no Rio Grande do Sul. Deve-se tal fenômeno, em especial, à construção de novas colônias na região central do Estado e estímulos do governo a expansão de lavouras agrícolas para abastecimento interno do país. A partir dos registros observados dos anos de 1850 a 1930, apresentam-se algumas características desses contingentes: sua composição etária e sua origem, bem como a composição dos grupos familiares, religião e profissão. Ao longo do primeiro período da ocupação imigrante alemã desse território, ocorreram intensas trocas entre os recém-chegados e a população local, embora de ambos os lados houvesse resistências à culinária do outro. Esse intercâmbio ultrapassou preconceitos e dificuldades econômicas. Nessa perspectiva, a alimentação ascende como um agente social que atuava dentro e fora das colônias de imigrantes, na região central do Rio Grande do Sul. Partindo da avaliação das diferenças entre o local de origem dos imigrantes e o Rio Grande do Sul, buscou-se identificar as receitas e os ingredientes trocados entre estes e a população local, bem como a adaptação dos gostos importados aos novos produtos e padrões de consumo. Para isso, foram analisados cadernos de receitas, cartas pessoais, relatos de viajantes e fotos à luz da bibliografia específica da história da alimentação. Tal material é de grande importância para os estudos das culturas alimentares, considerando a evolução histórica das cozinhas, as quais estão permanentemente associadas à esfera social e étnica dos seres humanos.
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