Sistema financeiro sul-rio-grandense: o caso do Banco Pelotense (1906-1931)

Autores

  • Nelson Dias Gering
  • Roselâine Casanova Corrêa

Resumo

Durante a República Velha (1889-1930), o charque foi a base para o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul. Tanto no campo como na cidade, a economia do charque fez com que se expandisse o sistema financeiro sulino, sendo que nove bancos financiaram as pequenas e grandes propriedades no Estado. Desses nove bancos, destacamos o Banco Pelotense, criado em 1906, com diretores oriundos da economia do charque do município de Pelotas. Este banco se expandiu por cidades do interior do Estado, inclusive Santa Maria, onde foi erguido um prédio especialmente para receber esta casa financeira. O BancoPelotense foi criado com capitais locais para se tornar a principal fonte de crédito para as atividades pecuaristas e/ou charqueadoras do Estado. Seu projeto arquitetônico buscava explorar a valorização da grandeza, da solidez, da riqueza e da segurança da instituição. Esse banco cumpriu suas atividades financeiras até 1931, quando foi encampado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul. O governo do Estado então incorporou todo o seu patrimônio, inclusive a Agência Matriz. O prédio da matriz, em Pelotas, foi destinado à Mesa de Rendas Estadual e, mais tarde, passou a ser ocupado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul. A edificação ainda mantém a grande porta principal ladeada por duas cabeças de leão, que, além de apoiarem a sacada, protegem os medalhões, nos quais antes se lia o nome do Banco Pelotense. Esse requinte arquitetônico simbolizava a segurança que se esperava de uma casa bancária.

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Como Citar

Gering, N. D., & Corrêa, R. C. (2016). Sistema financeiro sul-rio-grandense: o caso do Banco Pelotense (1906-1931). Disciplinarum Scientia | Ciências Humanas, 6(1), 101–118. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1644

Edição

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Artigos