EUDAIMONIA E MEIO AMBIENTE NO PENSAMENTO DE ROUSSEAU: HARMONIA DO SER HUMANO E A NATUREZA
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v18i35.5143Palavras-chave:
Rousseau; Natureza; Meio Ambiente; FelicidadeResumo
O presente estudo realiza uma análise sobre a relação entre ser humano, sociedade e natureza a partir do pensamento de Jean-Jacques Rousseau; pensador europeu inserido em uma vasta tradição político-antropológica que busca compreender a existência humana, tanto em sua dimensão essencial como relacional. Neste sentido, Rousseau evidencia uma contradição: o desenvolvimento técnico e cultural, embora necessários, também podem acarretar na degradação da natureza e da essência humana. Foram escolhidas obras como Discurso sobre as Ciências e as Artes, Discurso sobre a Origem e o Fundamento da Desigualdade e Devaneios de um Passeante Solitário, justamente por permitirem examinar as consequências da alienação humana acerca de sua relação com o mundo, demonstrando, ainda, a busca por harmonia como horizonte último de satisfação. Uma posição crítica diante das relações sociais e da necessidade de estima e reconhecimento alheios. No Devaneios, por exemplo, Rousseau reflete sobre a felicidade e a relação com a natureza, que, preservada, possibilita um refúgio das pressões sociais e um encontro com o verdadeiro “eu”. Trata-se de uma crítica ao amor-próprio, à busca por posses e por honrarias; aspectos que distância a humanidade do amor-de-si e da piedade para com os outros.