A SEGUNDA PROVA CARTESIANA DA EXISTÊNCIA DE DEUS: CAUSA SUI NA TERCEIRA MEDITAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v16i32.4515Palavras-chave:
Descartes, Deus, Causalidade, Causa sui, MetafísicaResumo
O objetivo do filósofo Descartes (1596-1650), com as duas provas da existência de Deus na Terceira Meditação, é provar o conhecimento da certeza da verdade da existência de Deus por meio, unicamente, da razão como causalidade. Ao se valer de duas provas, surge entre outros problemas de interpretação o seguinte questionamento: a nova prova da existência de Deus apresenta novidades em termos metafísicos ou é apenas mais uma explicação da primeira prova? O presente artigo visa mostrar que a segunda prova, que apresenta Deus como causa sui, implica em novos e importantes desdobramentos à filosofia cartesiana e influencia os filósofos da Modernidade que conceitualizaram o infinito ou Deus de uma forma dinâmica e inserida dentro da história. O método seguido, para o presente escopo, é o analítico-crítico, por meio do qual se busca evidenciar os principais argumentos cartesianos via interpretação dos seus escritos e de alguns textos dos clássicos comentaristas e exegetas de seu pensamento. Conclui-se, sem esgotar a temática, que a segunda prova da existência de Deus reconfigura a necessidade estática de uma essência numa relação dinâmica de causalidade. Ademais, tal certeza está inscrita dentro da mente do ser finito como a marca impressa que um artesão deixa em sua obra.
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