DA BIOPOLÍTICA À NECROPOLÍTICA CONTEMPORÂNEA: IMPLICAÇÕES DO [NEO]LIBERALISMO NA GOVERNAMENTALIDADE E A TAREFA DESCOLONIAL NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.37782/thaumazein.v14i27.3866Resumo
O tema da política sobre a vida é marcado por uma mudança na forma de governo exercida na institucionalização do biopoder, especialmente a partir da entrada do capitalismo como elemento balizador da governamentalidade. No presente artigo, o objetivo principal é mostrar como a biopolítica governamental, notadamente proposta pelos estudos de Michel Foucault, nos anos 70, desdobra-se e lastreia a tese da necropolítica de Achille Mbembe e suas implicações práticas na contemporaneidade. Para isso, comparo alguns excertos de textos de Foucault, Fanon, Mbembe, Deleuze, Agamben, entre outros, no intuito de explorar como a biopolítica está presente na lógica de controle social, implementada e refinada tecnologicamente por governos, o que pode levar a diversos movimentos persecutórios e preconceituosos com determinados grupos sociais. Por fim, aponto como tais necropolíticas podem ser identificadas no Brasil atual, especialmente com base em relatórios de violência aqui analisados, estudos sobre desigualdade étnico-racial-social e combate socialmente seletivo no enfrentamento da pandemia da Covid-19, destacando a relevância e a atualidade de se discutir tais conceitos sob perspectiva descolonial.
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