HUMANOS, ANIMAIS E EMBRIÕES: QUEM É MEIO E QUEM É FIM NA PESQUISA CIENTÍFICA?

Autores

  • Marco Antônio Azevedo UNISINOS

Resumo

Quem deve ser tomado sempre e incondicionalmente como fim na pesquisa científica? Seres humanos. Poderíamos concluir disso que embriões de laboratórios também são fins em pesquisas, já que são humanos? E quanto aos animais? Podemos tratá-los como meios, e não igualmente como fins? Neste ensaio, procurarei argumentar em favor da tese de que humanos e animais, em um sentido a ser clareado, podem ser tomados como fins em pesquisa, mas que embriões, não. Embriões são seres humanos em potência, o que os torna importantes para nós que somos seres humanos reais. Animais, porém, não são animais apenas em potência, já que o são em ato. Ora, se animais puderem portar interesses, então é razoável tomá-los como portadores potenciais de direitos. Assim, embora não sejam portadores de direitos iguais aos humanos, no que diz respeito ao menos à pesquisa científica, animais têm interesses que podemos admitir como dignos de consideração. Embriões, contudo, importam-nos apenas pelas consequências prejudiciais que sua manipulação poderia ocasionar aos nossos direitos ou interesses atuais. Embriões, como tais, não possuem interesses demandáveis; logo, embriões são seres, ao menos ainda, incapazes de portar direitos.

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Publicado

2017-04-25

Como Citar

Azevedo, M. A. (2017). HUMANOS, ANIMAIS E EMBRIÕES: QUEM É MEIO E QUEM É FIM NA PESQUISA CIENTÍFICA?. Thaumazein: Revista Online De Filosofia, 10(19), 3–15. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/thaumazein/article/view/1977

Edição

Seção

Artigos