A DEDUÇÃO TRANSCENDENTAL DAS CATEGORIAS SEGUNDO MARTIN HEIDEGGER

Autores

  • Douglas João Orben FAPAS

Resumo

O presente trabalho apresenta uma análise da Dedução Transcendental kantiana segundo a interpretação de Martin Heidegger. Não obstante aos objetivos kantianos de provar a aplicabilidade das condições puras e a priori do Entendimento à experiência sensível, Heidegger aborda a Dedução Transcendental das categorias salientando, sobretudo, a dimensão finita do conhecimento humano. A proposta heideggeriana não pretende desconsiderar a filosofia transcendental kantiano, muito pelo contrário, a finitude do Entendimento é uma consequência inevitável da própria crítica transcendental empreendida por Kant. Neste sentido, a Dedução Transcendental, ao estabelecer a vinculação das condições intelectuais do Entendimento com os dados sensíveis da intuição, deve, necessariamente, evidenciar os limites finitos do conhecimento possível. A essencial condição do conhecimento humano revela-se, portanto, na síntese da Dedução Transcendental. Para Heidegger, a síntese é uma função da imaginação produtiva que, ao sintetizar conceitos e intuições, condiciona a totalidade do conhecimento fenomênico. A finitude do Entendimento manifesta-se, deste modo, na própria síntese da imaginação, pois, acabada a Dedução Transcendental das categorias, o conhecimento humano encontra-se forçosamente limitado às condições sensíveis.

Biografia do Autor

Douglas João Orben, FAPAS

Referências

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Publicado

2011-07-21

Como Citar

Orben, D. J. (2011). A DEDUÇÃO TRANSCENDENTAL DAS CATEGORIAS SEGUNDO MARTIN HEIDEGGER. Thaumazein: Revista Online De Filosofia, 4(7), 109–125. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/thaumazein/article/view/158

Edição

Seção

Artigos