A associação do Cetuximabe na terapia do Câncer Colorretal: uma revisão da literatura
Resumo
O câncer colorretal é um dos tipos de câncer mais incidentes no Brasil. Nos últimos anos, as taxas de mortalidade reduziram devido aos avanços terapêuticos, principalmente pelo uso de anticorpos monoclonais como o cetuximabe. Nesse contexto, este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir do levantamento de dados relacionados ao efeito da associação do cetuximabe na terapia do câncer colorretal. Foram utilizadas as bases de dados Web of Science, PubMed e Scopus, avaliando as publicações no período de 2015 até 2020. Utilizou-se os descritores: “Cetuximabe” e “câncer colorretal” e “FOLFOX” ou “FOLFIRI”, nos idiomas português e inglês. A busca resultou em 539 artigos científicos dos quais 12 publicações foram selecionadas para discussão após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Os resultados mostram que 50% das publicações tratam da inserção do cetuximabe no protocolo FOLFOX (6), 33,3% no protocolo FOLFIRI (4) e 16,66% trazem ambos os protocolos em comparação ao cetuximabe (2). De forma geral, o cetuximabe melhora as taxas de sobrevida livre de progressão, sobrevida global e resposta objetiva principalmente dos pacientes sem mutações no gene KRAS. Os medicamentos biológicos têm ganhado espaço na oncologia por ser uma terapia-alvo, melhorando as taxas de sobrevida e redução da incidência de eventos adversos, os quais são relacionados às reações infusionais. Esta revisão integrativa demonstra os benefícios do uso do um anticorpo monoclonal cetuximabe no câncer de colorretal, fornecendo um material informativo de fácil leitura, que colabora com a tomada de decisão terapêutica, para um tratamento seguro e eficaz para os pacientes.