Associação entre sibilância e antropometria: um estudo com lactentes beneficiários do programa Bolsa Família
Resumo
Objetivo: Verificar a associação entre o diagnóstico antropométrico e a sibilância em crianças menores de seis meses beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). Métodos: Pesquisa descritiva transversal, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi constituída por crianças menores de 180 dias, cadastradas no PBF, atendidas em Unidades de Saúde de um munícipio do interior do RS. A coleta de dados foi obtida por meio de avaliação antropométrica e aplicação do Estudo Internacional de Sibilâncias em Lactentes, validado para a obtenção de dados sobre sibilância. Resultados: Foram avaliadas 47 crianças, destas, 3(6,4%) apresentaram baixo peso para idade e 5(10,6%) peso elevado para idade. Sobre os sintomas de sibilância, 26(55,3%) dos (as) lactentes têm familiares com asma, 23(50%) apresentaram sibilância nos últimos seis meses, 18(38,3%) sibilância no último mês e acordaram à noite por tosse, sufocação ou chiado no peito. Quanto à relação sibilância e antropometria, o peso atual (8040,0±228,00g e 6520,00±135,00g, p=0,033) e o peso para idade (1,23±1,77 z-escores e -0,23±1,56 z-escores, p=0,009) foram, estatisticamente, maiores entre lactentes com sibilância em comparação aos que não apresentaram o sintoma. Conclusão: Verificou-se associação entre a sibilância e o peso dos (as) lactentes, assim como observou-se maiores valores nas variáveis antropométricas entre as crianças sibilantes, sugerindo que a composição corporal pode ser um fator associado à sibilância em lactentes.