Investigação do gene mcr-1 em isolados resistentes à colistina na região de Santa Maria-RS
DOI:
https://doi.org/10.37777/2689Resumo
A colistina é considerada o último recurso para tratamento de infecções causadas por bacilos gram-negativos multirresistentes. A presença do gene mcr-1 mediado por plasmídeo representa um dos mecanismos que confere resistência a essa droga, sendo considerado de fácil propagação entre as bactérias. Assim, o presente estudo teve como objetivo determinar a ocorrência de resistência à colistina em microrganismos isolados a partir do trato gastrointestinal de pacientes atendidos na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas 718 amostras fecais por meio de metodologias fenotípica e molecular para a pesquisa do gene de resistência mcr-1, assim como análises do perfil de resistência dos isolados recuperados. Foram detectadas 32 cepas de microrganismos resistentes à colistina (4,5 %) pelos métodos de detecção fenotípicos, porém não foi encontrada a presença do gene mcr-1. Todas as cepas apresentaram CIM elevada para colistina, sendo detectada uma maior resistência à Ampicilina e Ampicilina+Sulbactam. O perfil de resistência encontrado pode ser atribuído a outros mecanismos, como o interrupção do gene mgrB. Enfatiza-se a necessidade de estudos moleculares complementares para confirmação do real mecanismo de resistência.