Consumo de micronutrientes com efeito protetor na doença de Alzheimer e fatores comportamentais em parentes consanguíneos

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar o consumo de minerais e vitaminas antioxidantes e do complexo B com efeito protetor na doença de Alzheimer, e investigar hábitos comportamentais em parentes consanguíneos de indivíduos com diagnóstico de Alzheimer. Trata-se de uma pesquisa transversal, com 24 adultos com grau de parentesco com indivíduos com Alzheimer. O consumo dos micronutrientes foi avaliado por meio do Recordatório Alimentar de 24 horas e do Questionário de Frequência Alimentar. Os hábitos comportamentais (consumo de bebida alcoólica, tabagismo, prática de atividade física), bem como, uso de suplemento alimentar, presença de doença crônica degenerativa e grau de parentesco com indivíduos com Alzheimer, foram avaliados através de um questionário semiestruturado. A maioria dos participantes do estudo foi mulheres (83,33%), 54,16% são parentes de segundo grau (irmão/ã, neto/a) e 45,83% de primeiro grau (filho/a). A mediana de ingestão das vitaminas A, E, B6 e folato e o mineral Zinco ficou abaixo da EAR, o que sinaliza consumo inadequado. O questionário de frequência alimentar confirmou tais resultados, uma vez que a frequência diária de consumo dos alimentos fontes dos nutrientes citados também ficou baixo, menos de 70%, ponto de corte usado para avaliar a frequência de consumo. Em relação aos hábitos comportamentais, a maioria realiza atividade física regular (54,16%), não fuma (62,50%) e consome bebida alcoólica (79,16%) sendo o vinho o tipo mais consumido. Assim, embora a maioria tenha hábitos comportamentais saudáveis, os mesmos apresentaram consumo alimentar quanti e qualitativamente inadequado dos alimentos com efeito protetor na DA, demostrando a importância da conscientização sobre alimentação saudável como forma de prevenir a Doença de Alzheimer.