A dengue no Rio Grande do Sul: uma perspectiva socioambiental da saúde única
DOI:
https://doi.org/10.37779/nt.v25i1.4806Palavras-chave:
interface Humano-Animal-Ambiente, Aedes aegypti, interdisciplinaridadeResumo
Após a adoção do conceito de Saúde Única pelo Ministério da Saúde do Brasil, as campanhas de saúde coletiva devem levar em consideração a interface humano-animal-ambiente ao tratarem de enfermidades. A dengue é uma doença tropical negligenciada transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Desde 2021, a enfermidade se encontra em uma crescente de casos no Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo desta pesquisa é analisar dados epidemiológicos, sociais e ambientais sobre a dengue e o Rio Grande do Sul, visando uma maior compreensão da perspectiva da Saúde Única sobre o tema. Trata-se de uma pesquisa teórica de cunho qualitativo, que aproxima dados estatísticos emitidos por órgãos oficiais do governo brasileiro à produção acadêmica de diferentes áreas do conhecimento. Vinculando conhecimentos sobre a dengue e o Aedes aegypti provenientes da Antropologia, Sociologia, Filosofia, História, Epidemiologia e Biologia, salienta-se o caráter interdisciplinar que a Saúde Única atribui sobre as enfermidades. Ainda, destaca-se a incipiência desse modo de análise sobre problemas de saúde e a falta de bibliografia especializada que estabeleça diálogos entre áreas do conhecimento distintas. A dengue, portanto, é utilizada nesta pesquisa como um evento médico-sócio-ambiental modelo para se pensar a interface humano-animal-ambiente a partir da Saúde Única.