Adsorção de azul de metileno utilizando cabelo humano natural e calcinado
Abstract
A elevada quantidade de resíduos de cabelo humano descartado sem possibilidade de reuso pelos salões de beleza despertou o interesse de uso desse produto como adsorvente alternativo, na forma natural e calcinada, para o tratamento de efluentes industriais contendo azul de metileno, um corante amplamente empregado na indústria. Para esse fim, foram realizadas caracterizações do cabelo natural, como a microscopia óptica, que mostrou uma estrutura escamosa para a fibra de cabelo, enquanto a espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) apresentou ligações típicas da queratina, proteína do cabelo. Verificou-se o efeito da calcinação no potencial zeta, de -14,8 mV para cabelo natural e -24,1 mV para o calcinado, bem como a área superficial, obtida por porosimetria de nitrogênio, de 158,09m²g-1 no cabelo natural e 167,67m²g-1 no cabelo calcinado, o que comprova que a calcinação melhora as características de superfície do adsorvente. As isotermas de adsorção, Langmuir e Freundlich, foram construídas após a realização do ensaio de adsorção em nível de bancada, com a duração de 210 minutos, sendo o modelo de Friedlich o mais adequado para representar o processo, pois é destinado para sistemas heterogêneos. O uso do cabelo humano permitiu uma eficiência de adsorção de 42,24% do adsorbato, o que é significativo, visto que não há custos para o uso desse material como adsorvente. O emprego da calcinação ao cabelo melhorou em apenas 2% a capacidade de adsorção, o que demonstra que, apesar das melhores características superficiais, a calcinação não provocou melhora significativa da adsorção.
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