Ecotoxicidade de nanopartículas de óxido de cobre em meio aquoso
Resumo
O extenso de uso de nanopartículas de óxido de cobre (CuO-NPs) em tratamento de água, desenvolvimento de dispositivos eletrônicos, nanomedicina, células de combustível e painéis fotovoltaicos tem resultado no descarte destas no meio aquoso. A aplicação destas nanopartículas são amplamente estudas em função de suas consideráveis propriedades ópticas, eletrônicas e funcionalidade química. Entretanto, algumas destas propriedades têm resultado em efeitos adversos aos organismos vivos da biota aquática, como indução de estresse e dano oxidativo. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre CuO-NPs liberadas na água, de forma a elucidar os principais efeitos e mecanismos de ecotoxicidade causados aos organismos vivos. Com base nisso, buscou-se por artigos científicos nos indexados Scopus e PubMed, utilizando os descritores “CuO nanoparticles” AND ”ecotoxicity” AND “water”, segundo a Lógica Booleana. Os critérios de inclusão para a esta pesquisa foram a seleção de artigos científicos publicados nos últimos 5 anos (janeiro de 2016 a maio de 2021). Os critérios de exclusão consistiram em eliminação de artigos repetidos, revisões de literatura e artigos científicos encontrados em capítulos de livros, bem como aqueles que envolviam outra aplicação que não a avaliação de ecotoxicidade em meio aquático. Assim, foram encontrados 10 artigos científico, sendo excluídos 5 após a aplicação dos critérios de exclusão, restando apenas 5 artigos para a elaboração do presente trabalho. A partir dos resultados encontrados, foi possível verificar que as CuO-NPs são potencialmente ecotóxicas aos organismos vivos de ambiente aquático, resultando em estresse e dano oxidativo, redução da taxa de reprodução, perda da locomoção ou até mesmo morte celular. Estes efeitos estão fortemente associados ao tempo de exposição, concentração de CuO-NPs e tamanho de partícula. Portanto, sugere-se maior número de pesquisas científicas sobre o tema, bem como a elaboração de protocolos de avaliação de ecotoxicidade antes de uma etapa de transposição de escala, de escala laboratorial para industrial.
