Modificações da superfície de titânio: revisão de métodos e seu efeito osteointegrador e antibiofilme

Resumo

O titânio e suas ligas tiveram um crescimento significativo em seu uso como biomateriais devido a sua excelente biocompatibilidade e a vantagem de terem mais capacidade de osteointegração quando comparados a outras ligas metálicas. Porém, apesar de o titânio ser um metal biocompatível e com excelentes características mecânicas, ele não apresenta nenhuma propriedade que iniba a proliferação de bactérias na região do implante, e os implantes necessitam de modificações na sua superfície para aprimorar as suas propriedades e potencializar sua bioatividade na interface com o tecido natural. Portanto, o objetivo no presente artigo é realizar uma revisão de literatura das metodologias de tratamentos superficiais e do uso da nanotecnologia como potenciais métodos de melhoria da osteointegração e de combate às infecções bacterianas na superfície do titânio, avaliando as suas propriedades antibiofilmes. Para isso, neste estudo, utilizou-se como metodologia a pesquisa exploratória, em que os dados para o desenvolvimento do artigo foram obtidos dos bancos de dados do Google Acadêmico, Science Direct e SciELO na língua portuguesa e inglesa com período determinado de dez anos. Foi possível observar potenciais métodos de modificação superficial do titânio que promovem maior biocompatibilidade, melhor interação com o tecido e maior efeito osteointegrador. Além disso, constatou-se que os nanotubos e as nanopartículas também auxiliam na melhoria da osteointegração e nas propriedades antibiofilme dos implantes. Concluiu-se que existe bastante interesse em estudos e pesquisas em modificações superficiais para evitar a formação de biofilmes bacterianos e desenvolver melhores superfícies com maior osteointegração, modificando propriedades superficiais que influenciam no sucesso e desempenho da implantação do dispositivo.