Microalgas como aditivos de descontaminação de ambientes aquáticos: uma revisão
DOI:
https://doi.org/10.37779/nt.v22i2.3624Resumo
A contaminação por poluentes aquáticos é considerada um dos maiores problemas ambientais, principalmente em áreas onde há influência das atividades humanas. Além disso, os efeitos desta contaminação induzem perigos a saúde pública, pois estes podem permanecer durante um longo tempo na natureza, resultando em exposição ambiental via cadeia alimentar bastante alta para consumidores de níveis tróficos elevados, incluindo os seres humanos. Deste modo, há uma necessidade de desenvolvimento de sistemas eficientes de desintoxicação de poluentes. Paralelamente, o emprego de microalgas vem sendo estudado como forma de tratamento de águas residuais de inúmeros processos industriais, para a detoxificação biológica e remoção de metais pesados e como bioindicadores na detecção de substâncias tóxicas. Neste contexto, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura referente a aplicação de microalgas no tratamento e descontaminação de ambientes aquáticos e discutir os principais resultados encontrados. A pesquisa foi realizada na base de dados PubMed, onde os descritores utilizados foram “microalgae bioremediation contaminants”. A partir dos artigos pesquisados, foi constatado que microalgas possuem a capacidade de remover diferentes poluentes aquáticos, demonstrando resultados promissores para a utilização destas no tratamento e descontaminação de ambientes aquáticos contendo compostos citotóxicos, principalmente a espécie Chlorella vulgaris.