A parte do diabo: corporeidade, orgia e experiência do banal em A céu aberto e Acenos e afagos, de João Gilberto Noll
Resumo
Com a finalidade de problematizar pós-modernidade e literatura, a presente pesquisa, de caráter bibliográfico e comparativo, aponta possibilidades a respeito de corporeidade, orgia e experiência do banal, com ênfase nas narrativas A céu aberto (1996) e Acenos e afagos (2008), de João Gilberto Noll. Por meio do diálogo da escrita ficcional com as postulações teóricas de Giorgio Agamben (2009), Stuart Hall (2004), Jean-François Lyotard (1988), Gianni Vattimo (1989), Zygmunt Bauman (2004), Edgar Morin (2005), Gilles Lipovetsky (2005) e Michel Maffesoli (1985, 1995, 1996, 1998 (a e b), 2001, 2004 (a e b), 2009 e 2010), procurou-se compreender a errância e fragmentação identitária do sujeito pós-moderno como consequências de uma sociedade hiper-racionalizada pela globalização e capturada pelo viés da literatura; e também, compreender o hedonismo, a homossociabilidade e o sentimento orgiástico como representações urgentes e instantâneas do homo estheticus no corpus selecionado.