Perfil de resistência de Klebsiella pneumoniae isoladas de pacientes da unidade de terapia intensiva de um hospital no sudoeste do Paraná

Resumo

Klebsiella pneumoniae apresenta-se como um importante patógeno causador de infecção hospitalar e, em caso de micro-organismos multirresistentes, representa um sério problema de saúde pública e um grande desafio terapêutico. Seus principais mecanismos de resistência envolvem a produção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) e de Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). O presente estudo objetivou realizar um levantamento de dados para analisar o perfil de resistência de isolados clínicos de K. pneumoniae em um hospital no Sudoeste do Paraná. Foram levantados todos os casos de infecção por K. pneumoniae nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e Neonatal ocorridos de 2012 a 2014, observando-se a resistência aos antimicrobianos ESBL e KPC. Na UTI Adulto, 7,3% do total das infecções foram causadas por K. pneumoniae e na UTI Neonatal esse número correspondeu a 11,9%. Em relação à resistência, 47,1% dos isolados estudados expressaram ESBL e 23,5%, KPC. Em 2014, o número de infecções e a presença de resistência a antimicrobianos foi superior aos anos anteriores. A UTI Adulto apresentou maior prevalência de mecanismos de resistência em comparação com a UTI Neonatal. Isolados clínicos produtores de ESBL foram isolados, principalmente, de amostras do trato respiratório e urinário. Os isolados clínicos produtores de  KPC foram isolados, em sua maioria, de hemoculturas. A frequência e o perfil de resistência de K. pneumoniae encontradas no hospital estudado foram semelhantes a outros observados na literatura atual. A identificação desses casos e o uso adequado de antimicrobianos tornam-se instrumentos fundamentais para combater surtos e controlar a disseminação.