Áreas impactadas na sub-bacia do Rio Gualaxo do Norte: rompimento da Barragem de Fundão, MG

Autores

  • Guilherme Soares da Cruz
  • André Luis Domingues

Resumo

Em cinco de novembro de 2015, em Mariana, Minas Gerais (MG), ocorreu o maior acidente ambiental com barragens de rejeitos de mineração no mundo. Nessa ocasião, mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram despejados no ambiente. Com a constatação da relevância de obterem-se dados sobre as áreas atingidas diretamente pelo rejeito e a escassez de estudos realizados até o momento, faz-se necessária a realização de um estudo para a caracterização local, voltado aos danos gerados por onde a lama passou. Nesse sentido, este trabalho foi realizado com o objetivo de classificar e quantificar as áreas impactadas pelo rejeito dentro da sub-bacia do Rio Gualaxo do Norte, MG. Para isso, a área impactada na sub-bacia do rio Gualaxo do Norte foi determinada, delimitada e quantificada após o rompimento, em um mosaico de imagens de satélite obtidas no Google Earth Pro. A classificação e quantificação do uso do solo na área impactada foram realizadas sobrepondo o limite da área afetada pelo rejeito sobre o mosaico de imagens de satélite de um período anterior ao rompimento da barragem. Constatou-se que 749 hectares foram impactados por rejeitos da mineração. Destes, 243,3 hectares eram florestas, 146,3 hectares eram recursos hídricos, 287,5 hectares eram destinados ao uso agrícola, 18 hectares de estradas e 41,5 hectares da área urbana do distrito de Bento Rodrigues, o qual foi totalmente tomado pelos rejeitos, o que deu proporções enormes ao desastre.

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Como Citar

Cruz, G. S. da, & Domingues, A. L. (2017). Áreas impactadas na sub-bacia do Rio Gualaxo do Norte: rompimento da Barragem de Fundão, MG. Disciplinarum Scientia | Naturais E Tecnológicas, 18(2), 277–286. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumNT/article/view/2222