O gênero crônica: desvendando sua estrutura

Autores

  • Daiéle Medianeira Campaiolo
  • Valeria Iensen Bortoluzzi

Resumo

Neste estudo, propõe-se uma análise do gênero crônica a partir das abordagens da Linguística Sistêmico-Funcional, proposta por Halliday (1982) e da Pedagogia de Gêneros (PG) da Escola de Sidney, de Martin e Rose (2008) e Rose e Martin (2012). A Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), se caracteriza como uma teoria social, que pensa a linguagem em contextos e a considera como um sistema sociossemiótico, porque se preocupa em como a linguagem representa discursivamente as realidades e manifestações sociais. Estando ancoradas nesta teoria e na PG, que defende que os gêneros se organizam em estágios para alcançar um objetivo social, tem-se por propósito descrever e analisar a crônica, a partir de exemplares produzidos por três autores diferentes. Assim, a pesquisa se caracterizou como de cunho experimental e exploratório, uma vez que se selecionou o corpus de análise (12 textos) a partir de critérios pré-definidos, quais sejam: período de publicação (junho a agosto de 2015), veículo de publicação (dois jornais e uma revista), autores expoentes (Lya Luft, Martha Medeiros e Luiz Fernando Verissimo). As crônicas foram analisadas a partir da classificação proposta em Rose e Martin (2012), com a realização de análise linguística pela LSF, quando necessário. Os resultados evidenciam que o gênero analisado, apesar de apresentar algumas características em comum com a descrição dos teóricos, não se constitui como gênero crônica a partir da perspectiva da LSF, uma vez que não cumpre as etapas propostas para esse gênero e o papel social descrito na teoria.

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Como Citar

Campaiolo, D. M., & Bortoluzzi, V. I. (2017). O gênero crônica: desvendando sua estrutura. Disciplinarum Scientia | Ciências Humanas, 18(1), 37–54. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/2176

Edição

Seção

Artigos