“A gente dança, a gente faz sexo, a gente conversa, a gente dá conselho”: um estudo sobre envelhecimento em prostitutas de meia-idade

Autores

  • Catheline Rubim Brandolt
  • Monise Gomes Serpa

Resumo

Na presente pesquisa, apresenta-se, a partir de entrevistas de duas prostitutas de Santa Maria/RS, como essas percebem o envelhecimento na meia-idade, analisando o lugar que seu corpo ocupa em sua relação com os clientes e como elas compreendem seu envelhecimento. Para isso, utilizaram-se entrevistas semiestruturadas, abordando questões sobre corpo, trabalho e envelhecimento. O processo de envelhecer implica-se a uma lógica da vida, ressaltando que, por mais perceptíveis que sejam as marcas físicas, elas conseguem associar aspectos positivos. Os estímulos no ambiente de trabalho estão interligados à ideia de cansaço e fadiga em suas rotinas durante e após o período em que realizam os programas. No processo de envelhecimento, conseguem agregar a experiência neste trabalho como um “bônus” para lidar com os clientes. Assim, é possível expandir o foco sobre o corpo em envelhecimento da prostituta, que sofre ao longo dos anos nesse trabalho, mas cria novos significados para suas funções na arte de “vender fantasias sexuais”.

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Como Citar

Brandolt, C. R., & Serpa, M. G. (2016). “A gente dança, a gente faz sexo, a gente conversa, a gente dá conselho”: um estudo sobre envelhecimento em prostitutas de meia-idade. Disciplinarum Scientia | Ciências Humanas, 16(1), 109–122. Recuperado de https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1843

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Artigos